segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Toma lá, dá cá, me dá meu troco

Visualize: primeira semana de aulas, vários alunos novos; cantina nova tirada a natural (que de natural não tem nada, de atendimento rápido e prático também não tem nada e muito menos preço acessível) e na frente do marista, do outro lado das grades (que foram colocadas lá unica e exclusivamente pra fazer uma pressão psicológica nos alunos que a cada dia sentem-se mais presos e mais revoltados) estava nosso amado João, do enroladinho, hambúrguer, pãozinho com atum e etc que vende tudo com um preço ótimo e ainda vem refri! Acompanhado de uma fila -se é que posso chamar aquele bororó de fila- maraaaavilhooooosa! Como eu, Nani, sou capaz de tolerar os movimentos revolucionários do meu estômago quanto ele zanga; já não como no intervalo das aulas, pois nem o Chuck Norris conseguiria se alimentar todos os dias no intervalo de tempo estabelecido. MAS, tenho uma amiga que amo muito que me pediu o favorzinho. Lá estava eu serelepe no pátio do colégio aproveitanto meus 30 minutos de descanso, quando vem Ciça, pedindo encarecidamente pra alguém enfrentar o brócolis da fila do nosso amado João, (do enroladinho, hambúrguer, pãozinho com atum e etc que vende tudo com um preço ótimo e ainda vem refri!) porque ela queria muito um enroladinho -não é possível, deve ter alguma droga dentro desse troço- e eu, a amiga que faz tudo pra deixá-la alegrezinha, satisfazendo o seu vício resolvo enfrentar aquela agonia. Passei 10 minutos pensando em como descrever aquela situação, e para que você possa imaginar a cena, desenvolví uma analogia : estava como um grupo de retirantes que passou 5 anos andando no sertão, matando a sede com a saliva*, que finalmente encontra um copo d'água "seria uma miragem?!" mas ele está do outro lado de uma grade. As meninas jogaram seus charmes pros meninos mais fortes comprarem seus lanches; enquanto eu (idiota) fui enfrentar aquele bando de menino suado, molhado de refrigerante brigando incessantemente pelo potinho de catchup, para finalmente chegar à João e comprar o mísero enroladinho. Já era uma questão de honra! Eu TINHA que conseguir! E CONSEGUI! Depois daquele empurra-empurra (nada gostoso, só pra constar) eu saí daquele tiroteio com o enroladinho numa mão, o troco em moedas na outra, e uma mancha enorme de refrigerante na minha blusa que era mais branca que o braço de Ciça. Nunca me sacrifiquei tanto por um enroladinho de salsicha.
*cazuza.
Ps.:os meus olhos coloridos me fazem refletir.
Ps.2: amamos João, do enroladinho, hambúrguer, pãozinho com atum e etc que vende tudo com um preço ótimo e ainda vem refri!
Nani.~

3 comentários:

Anônimo disse...

E EU AMO A NANI!
apesar da mentira do meu braço, estou agora com a cor do verao (da licença!) mas tudo bem!
e gente, foi verdade, ela enfrentou tudo isso pra me deixar feliz e satisfeita!

Anônimo disse...

tá vendo aí?!

TE AMO, CIÇA!

Anônimo disse...

Baseado em fatos reais..
comprovado!!!
Amo vcs d+ e os textos de vcs tb!
Sou fã \o/