terça-feira, maio 08, 2007

historia de amor

Minha faxineira conversa com o rádio. É, ela conversa, na verdade conversa apenas na programação das "histórias de amor", pára tudo que está fazendo e fica ali no cantinho da cozinha, escutando e basicamente conversando. Nesses momentos de ir pra cozinhar de tarde que descobri isso, mas mulher de Deus o que estás fazendo? Shhh, foi o que ela respondeu. A história de amor, ao contrário do título, não era bem de amor e sim de um casamento com amante e secretária e mudança de Estado e não sei mais o que! Devo lhe dizer, caro leitor(a) que a voz da locutora, putz! O que era aquilo, meu Brasil? - "estava muito triste, meu marido havia me traído"... - Mas veja... Mas veja... - Val (a faxineira!) respondia com aquele olhar ao horizonte. - Valsinha querida, ela não te ouve! - shhhhhh! - Você pode resumir? - Faz isso não, mulher! - ok... Espera, é comigo? - shhhh! Não é possível, não é possível!! tinha tanta história! E mais: tinham umas que eram tão grande que tinha até comercial sabe? "então, quando avistei ele ao longe fiquei....Promoção queima de estoque de fogão nas Casas Seilaoquê!" Olha a jogatina de marketing (cara de perua afetada), não quero saber dessa milésima queima de estoque (piadinha infame: a esse ponto o estoque já tinha virado pó!) quero minha história de amor! Putz! E olha que eu não entendia essa crise(?) que a Val tinha ao ouvir essa porcaria, mas na segunda semana que ao passar pela cozinha escutei ao longe uma voz bem chatinha e calma bem típica de carro de som, virei uma radionoveleira ou seja lá o que for! Era uma lavagem cerebral, uma porcaria tão bem feita, parecia brinquedinho de criança da moda, de repente eu queria ser a tal Roseleide! As histórias? Ih... De amor! Essa semana ouvi de uma mulher que conheçou o moço, engravidou e não se lembrava do nome do cidadão, anos depois reencotrou com o tiosão joselito e tcharam! " É seu filho, hômi!", quase me emocionei. Quase.

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